Parte I:o dia na cidade
Resultado de toda a procura por quartos: deixei varias inscricoes e agora fico no aguardo de algum proprietario me achar uma pessoa idonea que paga aluguel em dia. Eh tao engracado isso, eh como uma entrevista de emprego, voce tem que se mostrar o mais confiavel possivel, preencher dados e entregar documentos que serao analizados pelo proprietario, que escolhera seu inquilino. E nao eh dinheiro a questao, creio, mas sim a personalidade da pessoa, ultrapassando os criterios puramente monetarios da coisa. Diferente neh?^^”
Ontem fui a uma republica tb deixar minha ficha^^, linda a republica, digo, interessantissima, 4 caras, uma moca, casa de madeira, paredes estilizadas a mao, 3 andares, 7 quartos, a beira de um riacho, baratissima, cozinha vegetariana, enfim! Adorei! Mas nao sei se tenho chances, muita gente tb interessada, fico sabendo a resposta em uma semana.
Hj fui a procura de uma bicicleta usada baratinha, acabei achando uma na sexta loja que procurei, de um indiano que ficou de me vender a bicicleta amanha, pois ela ainda precisa de reparos.^^ estava eu entao voltando dessa loja de bicicletas, quando passei em frente a uma escola e lah estavam aglomerados dois pequenos grupos de criancas de uns 8-10 anos, eu diria. Eles estavam afoitamente juntando uma grande quantidade de castanhas, daquelas que dao na cidade toda e eu recolho sempre que vejo uma bonita, e colocando em sacos. Por desencargo de consciencia parei, chamei um deles e perguntei se eles estavam juntando as castanhas para comer. Ele me respondeu que nao, eles iam fazer artezanato. Outro menino do grupo que ouvia, falou entao, eloquentemente que “existem outras especies de castanhas comestiveis, mas este nao era o caso desta.” E logo em seguida: “por que a pergunta?” Nisso todos as criancas do grupo se viraram pra ver o que eu respondia, pois pra tdos eles era obvio que aquela castanha nao era comestivel, os pais os tendo ensinado desde pequenos.
Eu nao esperava, fiquei sem acao, gaguejei e falei que “bem, se ela fosse comestivel, eu gostaria de prova-la, algum dia...” e fui embora a passos rapidos XD
Eh, chegando em casa, abri a panela que deixei de manha terminando de cozinhar algumas castanhas, peguei uma castanhha imersa na agua que estava marrom escura cheirando a verde, cortei ao meio e so vi uma pasta porosa, porem gosmenta escorrendo entre meus dedos. Eh... mesmo assim provei. E eh horrivel o gosto, amargo com gosto de cru, mas cru este que nem com horas de cozimento ia sair, enfim, ainda por cima ficou amarrando a boca, como fruta verde...
Enfim, nem todas as castanhas sao comestiveis...
Parte II: Hochdorf ou a vida nos bosques
Meu novo endereco^^
Am Retzgraben, 48
79108 Freiburg
Deutschland
O bairro onde estou no momento chama-se Hochdorf, fica afastado da cidade, uma meia hora de trem e onibus.
Hoje fui explorar a floresta que tem atras do apto onde estou, fica perto nao da 30 m.
Sei que aaahhh eh indescritivel a sensacao de plenitude inquieta ou inquietude plena que senti ao adentrar nas arvores. Me fez lembrar um livro que trouxe pra ler, chama-se “Walden-ou a vida nos bosques” de Henry D. Thoreau, uma quase que biblia do espirito bio, eco, hippie revolucionario do sec 19 e 20. Enfim, fica a indicacao, eh um livro que inspirou desde Gandhi a Christopher „Chris“ Johnson McCandless (into the wild).
Enfim, foi lindo, tudo bem que existia a trilha, a segui, escolhi entre algumas bifurcacoes, parei pra sentar nos troncos dispostos como bancos, parei para ver a agua dos riachos passar. Ateh que chegou uma hora em que eu pensei em decidir voltar, ou pegar uma bifurcacao meio clandestina, ja que a trilha oficial nao dava sinais de acabar tao cedo. Decidi pegar a trilha clandestina. Seguindo alguns metros, notei umas marcacoes nas arvores, na altura dos olhos de um adulto, marcacoes feitas com pincel e tinta vermelho vivo. Achei estranho, mas continuei. A trilha clandestina deu em uma maior, a segui. Ateh que a trilha se abriu e se via o fim da floresta, dando entao numa plantacao de milho. Grande a plantacao e os milhos estavam passando. Pensei comigo, que se os milhos estao passando, eles estavam sendo desperdicados, e acabei por me infiltrar na plantacao e pegar 5 espigas ainda nao tao duras. Soh sei que qdo sai da plantacao, um velhinho caminhava na trilha que saia da floresta e eu, com vergonha e medo virei numa diagonal, abaixei a cabeca e entrei na floresta o mais rapido possivel. Entrei por onde nao havia trilha. Achei ateh divertido na hora, desbravar-me entre os arbustos, com 3 milhos nos bolsos da calca e um em cada mao, levei varias galhadas na cara, mas fui, ateh escorreguei e atolei o pe num riacho... Ateh que vi as arvores se acabando, os raios de sol entrando, fui nessa direcao.
Mas demorei pra perceber que entre mim e a claridade do sol, havia uma densa camada de plantas espinhentas. Demorei, digo, pois qdo vi que era dificil demais ir pra frente, tambem me era dificil voltar, jah tendo percorrido metade do caminho... os arbustos se emaranhavam ateh a altura do meu torax, mas fui passo a passo, me cortei um pouco, mas a dor foi amenizada quando vi que esses arbustos davam frutos!!! Achei que fossem framboesas, ou uma dessa familia, comi. (depois eu viro a pagina do guia de plantas silvestres, vejo que era a especie venenosa e choro neh ) XD enfim, eram de um preto-roxo que impregnou minhas unhas e os cortes feitos pelos espinhos.
Levei certo tempo pra passar pelos espinhos, ainda mais agora que de vez em quando eu parava pra comer essas frutinhas silvestres, mas entao vi que eles acabavam num imenso campo verde de pasto. Mas entao vi, uns 10 metros ao meu lado, uma mini torre de observacao coberta com aquelas redes de camuflagem que parecem grandes musgos, sabem? Olhei mais um pouco e vi outra torre dessa do outro lado do campo.
Haha, pensei entao por um momento que poderia ser alguma especie de area para treinamento militar, ou que algum fanatico do tipo tinha construido essas coisas e, poderia ser tao fanatico a ponto de estar numa dessas bases a espreita neh, entao, por medida de seguranca, joguei os dois milhos que tinha nas maos em direcao ao campo para ver o que acontecia. Nem sei o que eu esperava que acontecesse, depois pensei que, claro, o pasto nao estaria minado, ou nao se disparariam tiros assim que os milhos adentrassem o campo, mas enfim, na hora fiquei ateh na expectativa. XD
As torres de observacao estavam vazias (pelo menos assim me pareceram ^^”) e me senti meio boba e feliz atravessando o pasto verde limao, brilhando `a luz do sol. Se eu conhecesse alguma letra de musica de cor, eu teria cantado nessa hora.
Enfim, sei que achei divertidissimo, consegui milho pra janta, cai na lama, no espinho, comi frutas silvestres e no fim, tive que fugir de velhinhas que caminhavam (e elas nao paravam de aparecer! acho que deve ter sido bem a hora que elas fazem a caminhada coletiva) pois nao queria que elas me vissem com o milho roubado, entao adentrei por caminhos fora da trilha e foi entao que notei que as marcacoes continuavam e elas devem ter sido feitas pelo fanatico das bases militares, pois as arvores ficam fora da trilha e, seguindo-as, guia-se para fora da floresta XD.
Teve ateh uma hora em que, depois de ter saido do campo com as bases militares, vi uns amontoados de coisas que pareciam barricadas. Na hora pensei, soh podia ser coisa do maluco de guerra. Com certa taquicardia deixei os milhos, e fui pe ante pe mais pra perto, soh pra ver o que era, de fato. QUASE fiquei com medo de levar um tiro XD, mas pra minha decepcao, nao eram barricadas. Eram soh amontoados de lenhas cobertos por lonas, provisao para o inverno...XD
Enfim, me impressionou a possibilidade de morar do lado de uma floresta e agora estou ateh considerando ficar mais tempo por aqui, antes eu pensava em ficar soh o tempo necessario pra achar algo mais perto da cidade...
Obrigada por lerem^^
Beijos!
Wednesday, September 23, 2009
Alemanha - mudanca de ares
Este voo foi diferente, eu nao estava nem empolgada nem aborrecida o suficiente para criar alguma expectativa do que estava por vir.
Lembrei do ano passado, qdo fui ao Japao, em que conheci varias pessoas soh durante o voo, nao havia um voo que nao acabava se travando uma conversacao com a(s) pessoa(s) do lado. pessoas de varias nacionalidades, algumas com as quais ate hj mantenho contato.
Mas este ano nao. Primeiro sentei-me ao lado de uma francesa que deixava sobrar no prato e pediu vinho branco para beber- isso resume a impressao que ela me deixou.
Depois foi um frances tb, no voo da Franca ateh a Stuttgart, na Alemanha. E a impressao que ele me deixou foi ele ser um leitor da literatura que os companheiros de trabalho da Livraria chamam de "Literatura de Menininhas". No caso era Jodi Picoult, nao lembro o titulo agora, mas nao era esse que vai lancar o filme (my sister's keeper)...enfim,
achei tambem interessante que depois de ter trabalhado na livraria, nao ha como ver um livro e nao tentar imaginar a sessao e sua respectiva prateleira. Engracadissimo, mesmo nas livrarias daqui, de repente me vejo tentando relacionar o livro em alemao que vejo na minha frente, com sua respectiva traducao brasileira XD eh engracado.
Enfim, isso ainda que nao tive tempo para me deixar ficar nas livrarias, qdo achar moradia terei mais tempo para me perder nelas^^
Enfim, perdi o primeiro voo que ia para Frankfurt, acabei indo entao para Stuttgart, pois pensei ficar mais perto de Freiburg, mas por ser mais perto os trens sao menos velozes e as baldeacoes mais frequentes, entao usei mais tempo e tive que fazer mais baldeacoes.
Mas o interessantissimo do dia foi:
os alemaes sao muuuuito gentis!!
sabe, gentileza pura, sem querer nada em troca, nem dinheiro, nem sexo, nem favores, sem medo, sem titubeacoes.
Fato foi que, estava eu, pequena, com duas malas grandes, uma mochila e uma mala a tiracolo e, tendo entrado em 4 trens, recebi ajuda 6 vezes para carregar as malas!
6 vezes!!
praticamente todas as vezes que precisei subir escadas e ainda uma vez que errei o trem e precisei de ajuda para tirar e recolocar as malas as pressas no trem. XD
e foi particularmente bem vinda a ajuda, porque o tempo de baldeacao estava apertado e se eu nao tivesse recebido a ajuda eu ia perder o trem.(ja que eu tinha que arrastar primeiro uma mala grande ateh em cima e depois a outra)
Fiquei encantada!
A gente vai experienciando amarguras na vida que nos fazem deixar de acreditar na solidariedade gratuita, no altruismo e na ausencia de barreiras humanas, barreiras estas que cobrem a nossa camada do cru, mas essencial e pleno, mas esse dia, esse dia ressucitou uma boa parte adormecida em mim...
Cheguei, fui muitissimo bem recebida pela Familia Neubert, isso tb merece ser contado.
Estava eu no domingo a noite (um dia antes da partida) me despedindo da Kim (que estuda em Sao Paulo e soh a vejo de vez em quando), no condominio dela, sentada num banco, falando sobre a vida, quando passa a Camila (amiga de tempos que panfletagem, cursos livres, passeatas e vestibular), passeando com pai e cachorro, a pe. Na hora ja achei uma coincidencia, mas a coisa aumentou qdo ela me disse que tinha avos perto de Freiburg. Pois eh, vim pra ca e estou desde entao abusando da hospitalidade deles, que falam portugues e me dao todas as informacoes que necessito alem de casa e comida ate eu achar um canto pra mim. Conheci hj uma moca no centro de estudantes da cidade, na mesma situacao, procurando um quarto. Ela disse estar no quarto dia de busca...eu sinceramente nao pensei ter que procurar tanto tempo, este ainda seria meu primeiro dia...vamos ver de quantos dia irei precisar ^^
Fui pra Freiburg todos os dias desde entao de manha e volto soh a noite. A cidade eh linda, basicamente magenta, chao de paralelepipedos e pequenas canaletas com agua corrente beirando as calcadas.- Ouvi dizer que, devido a cidade ter sido uma cidade pesqueira, a agua corrente dispersava o mal cheiro. Fato eh que elas continuaram aqui ateh hj e tem a funcao estetica, muito bem desempenhada, por sinal, pois eh lindo!
Comecei a sentir a atmosfera da cidade, quando ao atravessar a primeira avenida, vi caida no chao uma grande e brilhante castanha portuguesa (pelo menos eu acho que seja, parece-se muito com uma, soh eh um pouco maior). Seguindo o olhar mais adiante vejo outras, junto com suas cascas espinhentas partidas e, levantando a cabeca, vejo que essa era soh a primeira arvore de uma alameda dessas castanheiras!
Achei lindo, aprendi o costume de comer essas castanhas com meus familiares japoneses, sendo o consumo dessa castanha um habito muito comum entre eles. Guardei uma meia duzia delas nos bolsos.
Depois, caminhava eu por uma rua-calcada (pois parece que tudo aqui eh calcada, jah que sao pouquissimos os carros, que dividem as ruas com os trens, aqueles que tem aqueles fios em cima e nao devem ultrapassar os 30 km/h), movimentada, pessoas varias, muitos estrangeiros, pessoas com lencos nas cabecas, outras ventindo roupas coloridas, outras japonesas, outras falando linguas desconhecidas, quando vejo 3 jovens sentados do outro lado da rua, instumentos no colo; dois violoes e o do meio tinha um mini teclado acoplado a uma mangueirinha que ele sopra e fica um som meio aordeon, meio gaita.
Os tres jovens sao loiros, um deles usava um rabo de cavalo, outro uma tiara e o outro tinha cabelos curtos, os tres de oculos escuros e de branco. Foi tdo mto rapido, pois eu estava com certa pressa; soh vi o ultimo deles abotoando a camisa branca, daquelas de algodao meio fino, amassada mais por estilo do que por falta de ferro, antes de virar a cabeca e continuar o passo. Mas no segundo seguinte eles comecaram a tocar, todos de uma vez, uma musica alegre,melodica, quase andarilha, com refrao e batida que entram na cabeca, letras de fundo critico, porem bem humorado. Foi uma onda, tudo ficou mais colorido, o vulto das pessoas passando, menos nitido. Virei a cabeca ainda em movimento e vi as pessoas comecando a se aglomerarem em volta deles. E segui com a musica deles me acompanhando a cada passo, ateh que a melodia e o som mudaram e vi que a musica vinha de outro artista tocando, desta vez, gaita.
Foi magico ver a manifestacao artistica em cada esquina, e eh lindo, tem gente que pinta, toca, outros de vestem de palhacos, outros cantam com marionetes, desenham caricaturas, ou simplesmente se sentam com um cartaz de uma frase engracada. Se vc tem algo a dizer, algo a mostrar, as pessoas ainda te dao trocados por isso XD.
Outra coisa bem bacana das ruas daqui sao as manifestacoes politicas. Agora eh vespera de eleicao, entao varios estandes sao colocados nas ruas, com representantes de partidos, panfletos, brindes e as pessoas interessadas se aglomeram nos estandes para debater, conversar, ganhar os brindes e os jornais colocados a disposicao^^. Achei bacana que desde criancas a idosos se aproximam dos estandes e um partido diferente bem ao lado do outro, sem comicios, sem papel jogado no chao.
As pessoas daqui tambem sao diferentes, elas sao abertas e comunicam-se com desconhecidos, vou exemplificar com o dia de hj, que foi, no minimo memoravel, pra uma recem-chegada^^.
Comecou logo cedo, desembarcando na estacao e me direcionando pra cidade, com um cara que andando na rua, vindo da direcao oposta, me falou ni hao, konichiwa e um pouco depois hola. Eu respondi hola e aih o cara parou, voltou, pois jah tinha passado de mim, e comecou a falar em espanhol, ele era equatoriano e qdo eu falei que era brasileira e estava a procura de um quarto, ele disse que tinha um amigo que estava alugando um. No comeco ateh achei meio estranho, mas eu tinha outras opcoes que fiquei no aguardo da resposta e combinamos que eu ia ver essas opcoes e se nao conseguisse nada, que eu iria ver o quarto desse amigo dele. Gentil a pessoa, engracado qdo eu perguntei como estava a situacao de empreogo na cidade e se ele trabalhava, ele respondeu que “si, claro, soy musico y artesano”. E assim sendo, aqui ele consegue se manter, achei bacana o contraste cultural, os artistas de rua aqui, realmente conseguem se manter sendo artistas de rua.
Enfim, depois fui ao centro de auxilio para estudantes e lah uma chinesa recem-chegada veio me falando uma frase em chines, que depois entendi ser uma proposta de alugarmos um apartamento juntas. No fim acabamos passando o resto do dia juntas, procurando apartamentos, ligando para anuncios nos jornais. Ela veio fazer um mestrado de musica, mais especificamente de canto lirico. Combinamos de um dia cozinharmos juntas, eu faco algo japones, ela algo chines XD. Ainda no centro de estudantes, estavamos lendo os anuncios e nos perguntando onde ficava cada bairro, pra termos nocao se era perto ou nao, quando uma moca alema parou atras de nos e ficou nos observando. Logo ela comecou a nos falar onde eram tdos os bairros da cidade e tambem outras varias dicas e sites com informacoes uteis pra quem procura um quarto em Freiburg, ela falava devagar e pausadamente, pois percebeu que eramos estrangeiras. Perguntamos se ela tb procurava um quarto e ela disse que nao, que jah estudava faziam dois anos e soh estava lah no meio dos recem-chegados pra sentir a atmosfera e ver como andavam as coisas. Ateh aih tdo bem, achei, mas o que me chamou a atencao foi o ar feliz e alegre, quase zombeteiro dela, um ar que mostrava que ela nos ajudava gratuitamente assim como faria a qualquer um que ela julgasse que precisasse e que isso a tornava paradoxalmente cada vez mais alheia e imune a qqer que fosse o problema da pessoa que ela estava ajudando. Ela foi embora logo que passou os sites pra gente, falou um “boa sorte” com um sincero riso de que era disso que iamos precisar, colocou sua grande mochila de trilha nas costas e se foi.
Depois indo pro centro, uma moca, nao devia ter 30, mochila nas costas, uma grande garrafa de cerveja nao mao, daquelas de mais de 1 litro, com uns 2 dedos ainda na garrafa, vindo da direcao oposta, me parou e disse:
“Oi! Vc poderia me dar alguns trocados para eu comprar alcool?” e balancando os restinho de cerveja ainda na garrafa “eh que eu quero me embebedar pra caramba, sabe”
Fiquei meio sem acao, e guiada pelo piloto automatico ofereci o pao que eu tinha na mao, mas ela me respondeu que “sinceramente, nao estava com fome, mas obrigada e tenha um bom dia”.
Ainda nesse dia pedi informacao pra um hippie e ele era brasileiro, me deu a informacao em portugues. Fui procurar um internet-cafe e depois de perguntar numa barraca de comida turca (tem muitas dessas por aqui, eles servem sanduiches, os chamados doenner, kebabs, etc), estava atravessando a rua quando um rapaz que vinha atras me pergntou se eu tb estava procurando o internet cafe, eu disse que sim e ele disse que tinha acabado de pedir a mesma informacao no mesmo lugar. Ele logo emendou perguntando a razao da bandeira do brasil que colei na mochila, eu dizendo que era brasileira, fiquei sabendo que ele tb era! Viveu lah ateh os 10, entao ele fala portugues bem, mas tem um sotaque alemao jah. Dividimos os minutos do internet cafe e o ultimo acontecimento bacana do dia! O moco nao quis cobrar, pois usamos soh alguns minutinhos. – isso eh uma coisa que nao aconteceria nunca no Japao, por exemplo XD
Enfim, ah! Depois aconteceu mais uma coisa ainda! Ligando para anuncios de quartos no jornal, a moca me perguntou meu nome, e eu, dizendo Juliana com pronuncia de brasileiro, a surpreendi e ela disse que a filha dela tb tinha esse nome. Ela me perguntou de onde eu vinha e adivinhem, ela tb era brasileira! Negociamos em portugues XD mas acabei nao pegando o quarto pois me ficava mto caro^^, mas ficou a empolgacao do momento.
Enfim, foi um dia cheio, cheio de pessoas, cores, cheiros. Gostei.
Fico imaginando qdo tdas essas primeiras impressoes de descolorirem na repeticao do cotidiano.
Mas, por hora vou me embriagando nessa enxurrada de cores^^
Obrigada a todos!
Beijos!
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